Pensar a relação que temos com o cinema imlica pensar nas vivências e experiencias que tivemos em nossa infância.
No primeiro encontro para
conversar sobre as experiências com cinema em nossa infância, a diversidade dos
depoimentos demonstra a riqueza de compartilhar vivências e a importância de
ressignificá-las em outro tempo e espaço de nossas vidas.
Mas o que será que essa magia
do tempo espaço próprio do cinema promove em nossas vidas? Vejamos algumas
aproximações aos fragmentos da memória narrada e compartilhada:
“Nunca
fui ao cinema na minha infância. O primeiro filme que assisti foi Rei Leão, na Sessão
da Tarde”.
“Meu
contato com cinema foi muito cedo, tinha uma tia que trabalhava no Cine
Carlitos. Assistia Trapalhões e Xuxa. Na
escola não lembro de ter experiência com cinema”.
“A
primeira vez que fui ao cinema tinha 7 anos, no Cine São José, que ficava atrás
da Catedral. Eu ia quase toda semana. Sempre gostei, sou cinéfila até hoje e
passo isso aos meus filhos”.
“Na
cidade que eu morava os filmes demoravam a achegar, e o primeiro que vi foi ET”.
“Na
minha infância assistia aos desenhos animados da Disney, mas gostava mesmo de
uma peça teatral que lembro até hoje. Depois comecei gostar de ficção”.
“Não
cheguei a ira ao cinema quando pequena, minha mãe não levava. O primeiro filme que vi no cinema foi Procurando Nemo, quando
tinha 14 anos. Depois gostei e comecei a ir com amigos”.
“Era
um evento, toda a família ia ao cinema.”
“Gostava
de ir nas locadoras, mas também ia muito ao cinema com a família. O filme que
mais marcou foi Aladim”.
“Nuca
fui ao cinema na infância, morava no interior e não tinha cinema na cidade. Mais
tarde assisti Titanic, que foi um filme que marcou.”
“Quando
era criança nunca fui ao cinema, só adulta. E não consigo lembrar filmes que
assisti na infância, talvez pela falta de variedade”.
“Na
primeira vez que fui ao cinema quando era pequena fui assistir ao filme da Xuxa”.
“Não
tenho muito lembrança de ter ido ao cinema. Preferia ir na locadora”.
“De
criança meus pais nunca me levaram, e a primeira vez fui com a madrinha de meu
irmão ver Mulan”.
“Não
lembro quando meus pais me levaram, mas fui ver um filme dos Trapalhões, de Renato
Aragão. Depois comecei a gostar, assistia sessão da tarde, ia na locadora, via de
tudo junto com meus pais, até filme de terror. Aprendi a gravar... Meu conceito
de princesa era baseado nos filmes”.
Nessa pequena amostra, é possível
perceber o quanto a presença ou ausência do cinema e dos filmes podem estar presente de
uma forma ou de outra em nossa vida. Seja
como a sétima arte, conhecimento, valores, cultura, entretenimento e tantas outas possibilidades.
Recuperar parte dessa experiência pode fazer a diferença nas
formas de mediação que podemos construir
para aproximar o cinema na vida
de outras crianças...