A Língua das Mariposas (La lengua de las mariposas, 1999)
Ficha técnica do filme:
Título original: La Lengua de Las Mariposas.
Ano: 1999.
Local de produção: Espanha.
Duração: 96 minutos.
Direção: José Luis Cuerda.
Principais atores: Alexis de los Santos, Fernando Fernán Gómez, Gonzalo Martín Uriarte, Manuel Lozano, Uxía Blanco, Alberto Castro, Antonio Lagares, Celso Bugallo, Celso Parada, Eduardo Gómez, Elena Fernández, Guillermo Toledo, Jesús Castejón, Lara López, Milagros Jiménez, Roberto Vidal Bolaño, Tamar Novas, Tatán, Xosé Manuel Olveira ‘Pico’.
Informações disponíveis em: <https://filmow.com/a-lingua-das-mariposas-t8526/ficha-tecnica/>.
É possível reparar que Don Gregório enxerga as crianças como seres sociais, de direito e produtoras de cultura: ele possui olhar e escuta atentos aos seus estudantes, de forma alguma é autoritário, e oportuniza experiências de aprendizagem contemplando a integralidade das crianças, especialmente as questões emocionais, pela maneira acolhedora que se coloca. A aula fora da classe, no meio da natureza, é um elemento que enche a nossa percepção com essa sensibilidade, a mediação dos diversos conflitos que surgem ao longo da história também.
Dessa forma, pensando na formação de
Professores, o longa traz algumas questões a serem discutidas, tais como
vínculo entre aluno e professor e a importância do meio no processo de ensino
aprendizagem. O meio seria todo o contexto que esse processo acontece, desde o
lugar físico, como a floresta, até o contexto de guerra que a sociedade se
encontrava, tudo isso atravessa o processo de ensino e aprendizagem da criança.
O vínculo estabelecido entre o Professor e Moncho é importante para este
processo, com um olhar atento à individualidade de seus alunos, Don Gregório
estimula a curiosidade e o raciocínio crítico, educando para ser uma pessoa
autônoma, educando para a liberdade.
Pensando na mediação do filme para as crianças, o enredo nos traz algumas
possibilidades a serem exploradas. Sendo muito interessante conhecer esta obra
e mediar com crianças, estar em espaços formativos de professores e outros
espaços não-acadêmicos.


ANDRÉ LUIZ UMEKI MACHADO
ResponderExcluirAmbientado na Espanha, década de 1930, A língua das mariposas retrata um período de mudanças no clima político do país, que precede a Guerra Civil Espanhola. O enredo gira em torno da vivência entre Mocho e seu professor, Dom Gregório. A relação entre professor e aluno se dá, incialmente, na escola. Por problemas de saúde, Mocho entra tardiamente na escola, e Don Gregório ajuda o menino na adaptação ao ambiente escolar. Diferentemente da prática hegemônica da época, Don Gregório não usa de violência ou autoritarismo para exercer sua função de educador - sua recusa diante dos alunos em aceitar o suborno na tentativa que fazê-lo mudar de abordagem, mostra o papel de educador que Dom Gregório assume. Sua atitude torna-se uma referência para os alunos, que estão passando por um processo de formação: não apenas acadêmica, mas também como seres humanos e cidadãos, e ensina o valor e a importância do perdão e do bom convívio dentro da sociedade.
Dom Gregório também desperta o interesse dos alunos ao falar sobre as formigas, aranhas e mariposas e como elas interagem e se encaixam no mundo onde vivem. Após o convite inicial ao conhecimento, o professor leva os alunos para aprender sobre a natureza na própria natureza, observando presencialmente os fenômenos que antes apenas foram discutidos em sala de aula. Dom Gregório atua de maneira importante da educação de Mocho como homem, como ser humano. Ele faz um paralelo entre o conhecimento ensinado sobre um pássaro (tilonorrinco), que leva uma orquídea para a fêmea como forma de enamorá-la, e encoraja Mocho a fazer o mesmo: levar uma flor para a menina que está tomando banho no rio com as colegas. O filme também trata da perda da inocência infantil, tanto de Mocho quanto de seu irmão mais velho, que passam a se reconhecer como homens que têm sonhos, aspirações e desejos. No entanto, o momento mais crítico no processo de amadurecimento de Mocho, e o entendimento de seu lugar no mundo como parte de uma sociedade, se dá após a prisão de Dom Gregório, que apoia a causa republicana.
A língua das mariposas também trata da relação política entre escola e sociedade, sendo ambas forças que atuam uma em oposição à outra. Se por um lado a escola forma cidadãos, a sociedade também exerce uma força para que suas visões de mundo prevaleçam no ensino dado nas escolas. Dom Gregório educa os alunos para que possam desenvolver o pensamento crítico, a empatia e o conhecimento formal, para se alcançar o ideal de uma sociedade justa e igualitária.
Comentário - Parte 1/2
ResponderExcluirNo filme “A Língua das Mariposas”, acompanhamos a entrada tardia de Moncho no ambiente escolar, já que ele havia passado por alguma doença que o manteve acamado por um longo tempo – ocasião em que fora tutelado em casa por seu pai, que o ensinou a ler e a escrever. Por motivo dessa mesma reclusão forçada, Moncho é um menino muito tímido que está receoso com seu primeiro dia na escola. Sem conseguir dormir, pergunta ao irmão, logo na noite anterior ao grande dia, sobre os castigos corporais aplicados aos alunos. Vale ressaltar que tal pratica era comum nos ambientes escolares da época, nos quais, como observamos no artigo de José de Sousa Miguel Lopes, A língua das mariposas: a inocência perdida,
“imperava o modelo da escola tradicional, em que o professor era a figura central, o único detentor do saber, que em geral ensinava de forma autoritária. Eram frequentes os castigos corporais; por isso, instalava-se o medo entre os alunos. Era um ensino fundamentado na memorização, e não se forneciam de ferramentas intelectuais que permitissem aos alunos fazer suas descobertas e construir seus conhecimentos. As turmas não eram mistas, mas separadas por sexo. Havia uma forte interferência da Igreja Católica no sistema escolar.” (p. 156)
No entanto, como Moncho perceberá na manhã após seu frustrado primeiro dia de aula, o ensino de Don Gregório em nada se assemelhava a esse modelo da escola tradicional. Pelo contrário, Don Gregório, no decorrer do filme, trata seus alunos com respeito e dignidade (cena em que vai até a casa de Moncho pedir desculpas pela situação ocorrida em seu primeiro dia de aula), não é nada autoritário (cena em que reage à baderna dos alunos dentro da sala de aula permanecendo em silêncio até que todos se silenciem espontaneamente), estimula o pensamento crítico (a pergunta sobre o pertencimento do ovo colocado na fronteira geográfica entre dois países por um galo), utiliza de recursos não tradicionais (a aula ao ar livre), entre outras características que vão de encontro ao que é esperado do ensino pela sociedade tradicional, como quando Don Avelino adentra a sala de aula para cobrar do professor que dê castigos corporais em seu filho para que esse aprenda a matéria que tem dificuldade e quando o Padre da paróquia da cidade reclama com Don Gregório que seu ensino está desestimulando o aprendizado eclesiástico de Moncho, o que demonstra ao tutor recitando frases-fórmulas em latim que esperam do garoto uma contrarresposta adequada, ensinada por memorização (decor), que o protagonista não consegue corresponder, pois, como ele mesmo diz, não consegue lembrar de “quantas vezes se diz”. O modelo de ensino e o caráter de Don Gregório cativam o pequeno Moncho, que se interessa muito pelos ensinamentos do mestre, repetindo-os a toda hora para seus familiares, situações em que também podemos averiguar o baixo nível de escolaridade destes, como quando Moncho explica à sua mãe que as batatas vieram dos continentes americanos, ou quando ensina ao irmão que a Austrália fica na Oceania.
(continua...)
Comentário - Parte 2/2
ResponderExcluirDon Gregório, utilizando um de seus vários recursos para estimular a curiosidade de seus alunos, comenta sobre a língua das mariposas, que é “como uma tromba de elefante, mas muito fina e enrolada como a mola de um relógio”. Essa língua das mariposas, que também é o título do filme, é explorada por meio de menções interrompidas ou impossibilitadas por três passagens do filme: a primeira ocorre na aula de primavera, quando Don Gregório está adentrando ao assunto das mariposas, porém um aluno chama a atenção dos demais para um formigueiro, para onde corre a turma e, nesta corrida, Moncho sofre um ataque de asma; a segunda é quando Moncho e seu amigo Roque vão caçar mariposas com Don Gregório, mas, mesmo tendo capturado uma, não podem ver a língua dela pois necessitam de um microscópio, solicitado pelo professor mas ainda não enviado à escolinha local; a terceira vez ocorre quando Don Gregório e Moncho estão coletando insetos durante as férias escolares e a aposentadoria do professor – novamente eles capturam uma mariposa, mas justo no momento em que iriam retornar à escola para usar do microscópio recém-adquirido, Moncho ouve vozes de meninas se banhando no rio e vai entregar uma flor à Aurora, sua “namoradinha”, encorajado pelo docente em menção à atitude do tilonorrinco, que entrega um ramo de orquídea à sua companheira para cativá-la. Nessas três situações distintas podemos vislumbrar os progressos do desenvolvimento pessoal do protagonista frente às novas situações que passou a confrontar desde seu primeiro dia de aula: na primeira, o relacionamento de Moncho com os colegas, o entorno coletivo do seu meio social; na segunda, sua amizade com seu melhor amigo, Roque, com quem participa de aventuras e desenvolve um laço fraterno; na terceira, seu desenvolvimento afetuoso/amoroso com a Aurora, de quem recebe um beijo após presenteá-la com a flor.
Ao final do filme, porém, em clara alusão ao retrocesso conservador e ao poder de perversão dos valores expressos durante o filme pela “trindade reacionária” mencionada no artigo de José de Sousa Miguel Lopes à página 157 (a igreja, o exército e os latifundiários), o menino Moncho, instigado pela mãe com o fito de demonstrar a todos o afastamento da sua família dos republicanos, agora inimigos de estado, persegue um cativo Don Gregório, que será levado à execução após ser transportado de um cativeiro a um caminhão em plena praça pública, jogando pedras em seu antes ídolo e o injuriando com palavras objeto do conhecimento que adquiriu com o professor, dentre elas, espiritrompa (tromba espiral), termo usado pelo mestre para se referir à língua das mariposas. A língua-instrumento, que alcançava o néctar das flores e espalhava suas sementes, metáfora para a doçura do conhecimento e sua consequência criadora, tornou-se, por influência da ignorância opressora, língua que verte fel.
Amei o que foi escrito sobre o filme, explica bem a essência que o filme trás. Meninas estão de parabéns 👏
ResponderExcluirO filme “A língua das Mariposas” traz aspectos legais de serem analisados, como por exemplo a relação aluno/professor, a importância da autonomia do aluno, de ouvir o mesmo e estimulá-lo a ter um pensamento crítico. Outra questão que é trabalhada e inclusive foi uma das cenas que eu gostei bastante é a da importância do contato com a natureza, quando os estudantes, junto do professor, vão para a natureza ver na prática aquilo que estavam estudando. Achei interessante também o fato de Mocho gostar de compartilhar com os pais e o irmão aquilo que aprendia na escola.
ResponderExcluirO texto dos colegas foi muito bem escrito e explica super bem o que aparece ao longo do filme.
Filme muito sensível, assim como o professor. Ele trata os seus alunos de igual pra igual, enxerga e respeita suas singularidades, é de uma enorme sabedoria. Ele utiliza uma forma de educar diferente, sem precisar partir para a agressão física como era comum na época, e sem ser autoritário, apresentando o mundo às crianças de um jeito especial, como na cena em que vão vivenciar e aprender sobre a natureza na prática. O filme nos mostra como é necessária a boa relação entre professor e aluno, e principalmente o fato dos mesmos criarem vínculos. Filme muito necessário para nós futuros professores. Achei o post super descritivo, traz todo o sentido do filme.
ResponderExcluirFilme emocionante e a contribuição das colegas é bem coerente com o que é passado no filme.
ResponderExcluirO filme me surpreendeu, pois retratou de uma forma tão bonita tantas coisas que foi incrível de ver, um momento que eu achei peculiar e muito bonito foi a fala do pai do Moncho sobre o valor que o professor tem para todos que estudam e o valor que ele não recebe em dinheiro. As A postagem das colegas foi muito bem colocada e pode ser lido antes para se ter uma base do filme e após terminar para concluir tudo o que foi colocado de importante no filme. Esse filme nos faz ver o quanto é importante instigar a curiosidade e o raciocínio crítico e educar a criança para ser uma pessoa autônoma e livre. Don Gregório virou um dos professores da ficção que eu tenho admiração, junto com vários que conheço pessoalmente.
ResponderExcluirDe uma forma resumida, acho interessante pensar que os três atos do longa desenvolvem-se da seguinte forma: o primeiro é dedicado ao medo de Moncho de ir à escola e seu processo de adaptação a mesma, o segundo nos mostra a amizade que vai sendo desenvolvida entre Moncho e Don Gregório e o terceiro ato nos traz a eclosão da guerra. Tudo isso nos é apresentado através dos olhos de uma criança, o que acaba por conferir à narrativa uma maior sensibilidade, assim como acontece em filmes como “Império do Sol” (1987), “A Vida é Bela” (1998) ou “O Labirinto do Fauno” (2006), nessas obras encontramos pontos comuns no exercício crítico do conflito relacionado à guerra que os roteiros desses filmes apresentam, mas “A Língua das Mariposas” chama a atenção por mostrar também o envolvimento das crianças com a escola e com seu professor. Temos um docente que busca dar uma atenção individualizada para cada aluno, que conhece cada um deles e se informa a respeito de seus problemas pessoais que afetam seu desempenho escolar, que inclui passeios à natureza em suas aulas e busca fazer com que elas sejam participativas. Isso faz diferença na vida dessas crianças e na forma como elas a levam, em especial na vida de Moncho, que no final a meu ver (já que é algo que vai do ponto de vista de cada um) busca uma forma de demonstrar a Don Gregório que os seus ensinamentos se mantém dentro dele apesar de sua ação demonstrar que ele o despreza.
ResponderExcluirA trilha sonora também é algo que me chama a atenção, ela dá grande significado para a narrativa. O longa gira em torno de um “leitmotiv” (tema melódico que pode caracterizar uma situação, um personagem, uma emoção e que aparece inúmeras vezes ao longo da obra) que faz parte tanto do espaço diegético quanto do não diegético e que traz o uso do saxofone como instrumento principal, transformando-se em um elemento fundamental, principalmente pelo fato de o irmão mais velho de Moncho tocar o instrumento, este é incorporado com frequência à obra, nos momentos antes de dormir, quando vão em busca de uma conquista amorosa, nos ensaios de Andrés, em momentos de diversão, etc.
É incrível ver a evolução e adaptação de Moncho na escola. Pelo medo do desconhecido, o menino pensa estar só, mas encontra na figura do professor Don Gregório alguém confiável, humilde e que se importa com seus alunos. A didática do professor, as suas diversas “salas de aula” e como ele se relaciona com os alunos é de se espelhar. Em vez de simplesmente transmitir um conhecimento, o professor demonstra interesse pelo o que a criança entende com seu olhar cultural (advindo dos pais) e individual, e, considerando isso, juntos os dois conversam sobre e (re)constroem esse conhecimento. Essa é a pedagogia que valoriza e preza pela individualidade e pela liberdade. O final do filme (sem spoiler aqui) me trouxe uma reflexão: será que estamos dispostos a pagar o preço? Se o que fazemos realmente importa e pode transformar, até onde somos capazes de chegar?
ResponderExcluirO filme é muito interessante. Traz aspectos importantes em relação a escola e seus sujeitos. Entre estes aspectos destaca-se a relação professor aluno, na qual o docente não estava seguindo as normas impostas para aquele período. Ele se preocupa com o ensino de uma maneira diferente, criava maneiras de ensinar com as práticas vividas, com a natureza. Outro ponto importante é que ele não se deixava levar pelos métodos tradicionais da época, principalmente pela forma de repreensão. A forma de repreensão para ele era o respeito e não a violência. As intrigas e discussões se resolviam pela conversa e não com castigos. Havia diálogo entre o aluno e o professor.
ResponderExcluirGostei bastante do texto que os colegas escreveram. Retrata bem o que o filme passa para quem assiste.
O filme "A Língua das Mariposas" revela dois pontos interessantes. O primeiro é referente ao modo de atuação do professor, o qual possui uma postura diferenciada da que se esperava para a época, com um jeito de preocupação com o ensino e com o entendimento dos alunos, pautado no respeito, contrariando os modelos daquele tempo, principalmente por não usar a violência. Já o segundo ponto, remete as instantâneas mudanças de atitudes dos personagens principais com o professor e aqueles condenados. Tudo isso pelo medo da perseguição política, evidenciando os limites enfrentados por uma população para encerrar e transformar a realidade em que viviam.
ResponderExcluirAmei a escrita, e me apaixonei pelo filme, impossível não se envolver.
ResponderExcluirOutra coisa que também da pra notar é a perda da inocência, durante o filme que vai se esvaindo, mas ao final ela parece ir de vez, quando o menino percebe que que o professor não vai mais voltar e quando é obrigado a falar palavras que tem sentimentos ruins, Moncho começa a citar coisas que aprendeu com o mestre, em vez de gritar as palavras ruins, ele fez essa troca porque percebeu o quão errado era aquilo tudo e pareceu uma forma de agradecimento "escondido".
A relação de afetividade entre aluno e professor, foi um dos aspectos que mais gostei. Me chamou atenção também, Moncho querer compartilhar com seus familiares, tudo aquilo que aprendia na escola.
ResponderExcluirO texto que as meninas escreveram ficou muito bom, de fácil compreensão e traz ao leitor a vontade de conhecer o filme. Conseguiram representar muito bem o que é passado no filme.
Muito interessante o resumo sobre o filme , parabéns meninas.
ResponderExcluirSobre o filme , a relação entre o menino Moncho e o professor Dom Gregório é encantadora, o seu modo diferente de ensinar , com a construção da autonomia individual e liberdade de pensamento, construiu uma relação entre eles.
AMANDA RIBEIRO LIMA
ResponderExcluirUm dos pontos abordados na resenha e que observei no filme, que me marcaram bastante, se relaciona com a relação professor-aluno. Don Gregório se diferencia dos outros professores por valorizar e olhar para cada criança como um sujeito de direitos, respeitando sua infância, suas necessidades e curiosidades. Logo no início do filme, Moncho tem medo de ir à escola, porque ouviu de seus pais e do seu irmão mais velho que os professores batiam nos alunos. Don Gregorio se comporta de forma inversa. Ele respeita seus alunos. Com isso, ele faz o processo de ensino e aprendizagem pensando na integralidade do aluno. Ainda, ele pauta sua educação nas relações com a natureza, imaginando descobertas e experiências. Moncho se surpreende e passa a gostar muito de ir à escola, e passar seu tempo aprendendo com Don Gregorio. A dualidade entre o professor republicano e a igreja e a sociedade perpassa o filme inteiro, e essa realidade influencia Moncho, e encaminha para o final do filme, em que a guerra se inicia na Espanha. Moncho fica bastante decepcionado e frustrado quando vê seu professor sendo um dos "comunistas e ateus" que foram presos, e seus pais verbalizando essas palavras para se proteger. O filme traz uma reflexão bastante importante sobre a relação professor-aluno.
O Longa Metragem "A Língua das Mariposas" me fez refletir sobre a importância de nos tornarmos pedagogos(as) atentos com todas as crianças as quais estamos cercados, é nosso papel escutar, proteger, ensinar e aprender com todas elas, devemos olhar sempre para a singularidade de cada uma das crianças, compreendendo o meio que as cercam, sua possibilidades e limitações. Além disso, o curta metragem coloca como o contexto social afeta o processo de desenvolvimento da criança.
ResponderExcluirA resenha feita pelas colegas sintetiza os principais pontos do curta metragem e me instigou a assisti-lo novamente para perceber alguns outros pontos.
Filme que aponta uma reflexão no atuar dos mestres. Mais professores deveriam seguir o exemplo de mediador, do professor Dom Gregório. Excelente dica.
ResponderExcluirExcelente filme, mais professores deveriam seguir o exemplo de mediador do mestre Dom Gregório. Parabéns ao grupo pela sugestão e postagem de comentários, ressaltam os pontos que o filme aborda sem ser muito sugestivo.
ResponderExcluirAdoreii demais o filme, porém o final me deixou bem confusa, mas nossa aula foi essencial pro entendimento. é um filme espetacular que traz uma visão lindíssima do papel e da mediação do professor e principalmente do seu amor por ensinar e defender a liberdade!!
ResponderExcluirO filme é bastante emocionante e me fez relembrar a força que um professor demonstra. De fato, o final é inesperado e, dado o contexto de guerra, me deixou comovida. Apesar de tudo que D. Gregório proporcionou ao Moncho, ele não foi reconhecido/valorizado como deveria. Já havia assistido em outro momento, mas a reflexão do post e dos comentários tornou esta vez melhor. 😀
ResponderExcluiro filme passa num contexto de inicio de guerra. ainda assim é comovente a historia vivida. mesmo sabendo que estavam sendo vigiado, não deixou de ser coerente naquilo que acreditava, um professor como poucos.
ResponderExcluiro filme passa num contexto de inicio de guerra. ainda assim é comovente a historia vivida. mesmo sabendo que estavam sendo vigiado, não deixou de ser coerente naquilo que acreditava, um professor como poucos.
ResponderExcluirLiziane Souza
ResponderExcluirO filme é excelente, o professor Don Gregório apresenta olhar atento para os seus alunos e entende as suas particularidades. Este é o papel do professor, ouvir e procurar auxiliar os seus alunos para que absorvam o conteúdo e se interessem pelo assunto.
A Língua das Mariposas é um filme que nos faz pensar muito na relação aluno x professor, e nos diferentes pontos da educação que essa relação afeta. Apesar de todo o contexto histórico que Mocho está inserido, suas atitudes podem ser levadas como exemplo para se pensar em uma boa relação do professor com seus alunos, tendo um olhar atento e acolhedor, que faça uma real diferença na formação desses alunos.
ResponderExcluirEm um primeiro momento fiquei confusa com as postagens e com os comentários pois havia assistido o outro filme, porem foi muito interessante lincar os dois e refletir sobre esses aspectos e sua importância.
ResponderExcluirDe tudo o que mais me chamou a atenção e fez eu relacionar um filme com o outro foi o papel do professor, seu olhar atento a criança, seu amor pelo ensino e seu poder de impulsionar e da autonomia a criança.
Tambem podemos lincar a relação com a natureza (em "A Língua das Mariposas") e as aulas de musica (em "Vermelho como o céu") que de certa forma inspirava para a descoberta de novos sons e barulho no projeto secreto das crianças. Esse estimulo dado pelos professores impulsiona a liberdade, criatividade e autonomia em se expressar, descobrir e se aventurar em novos saberes.
Achei os dois filmes muito interessantes mas fiquei realmente encantada com Vermelho como o céu.