Esse assunto tem a capacidade de influenciar negativamente na vida e principalmente na educação escolar dos alunos, bem como desestabilizar a relação entre família e educação. São muitos os casos em que quem sofre bullying se nega a voltar à escola e encontrar os colegas e/ou agressores, com isso, acabam se isolando e se distanciando dos demais.
O curta mostra o sentimento da vítima que sofre geralmente com este ato, levando-a a um descontrole emocional, pois, mesmo em seu descanso, ela tem a presença fortemente dos agressores. Limbo inicia com uma adolescente dormindo em uma sala da escola, seguida por uma trilha sonora de filme de terror, onde aparecem pessoas ao seu redor, como se fossem fantasmas em cima dela. Ao ouvir batidas na porta ela se levanta e se dirige ao banheiro para lavar o rosto, após sair do banheiro responde a uma mensagem no seu celular e diz que estava dormindo na escola, então se posiciona para tirar uma selfie e enviar para o contato, porém, leva um grande susto, pois os “fantasmas” aparecem na imagem da câmera, desesperada a menina grita e chora sozinha no corredor. A menina decide voltar para sala onde estava dormindo e ao abrir a porta algo inesperado acontece.
Podemos interpretar os fantasmas como os julgamentos alheios que a acompanham, o curta causa uma certa incerteza sobre a mensagem que quer passar nos deixando em dúvida do que realmente está perseguindo a menina; a trilha sonora dá um ar aterrorizante e a imagem escura é um tanto sombria. Demonstra um trabalho coletivo dos adolescentes, intrigante e com muitas mensagens subliminares, que precisa até mesmo muita atenção do telespectador para poder ter compreensão e entendimento das cenas que acontecem.
A discussão que aborda Limbo se faz muito pertinente e importante principalmente na escola que na maioria das vezes é onde ocorre o bullying. As consequências são muitas desde o desinteresse e isolamento já citados, como o pânico, ansiedade, medo, até mesmo uso de drogas, baixa autoestima, falta de confiança, etc. Consequências estas que podem ser levadas para a vida adulta se não tratadas. Tal a importância da abordagem como no curta, surgindo a oportunidade de reflexão dos estudantes e prevenção destes tipos de ações nas escolas.
Os melhores amigos de um robô
Os melhores amigos de um robô é um curta-metragem
brasileiro, produzido no ano de 2018, por alunos do 1° ano matutino, por
intermédio dos professores Karina Sena e Sandro Cordeiro. Ele nos apresenta a
história de uma grande e importante
amizade entre três crianças e um robô.
Este curta traz, a nós, a importância da inserção da
educação midiática na educação infantil, que tem por objetivo ampliar a participação
e a informação das crianças na cultura das mídias presentes em seu contexto,
afinal, percebemos que o curta acontece no espaço escolar, quase todo ao ar
livre, possibilitando também o contato das crianças com a natureza, e são
nestes momentos que a criatividade surge.
O roteiro é baseado nos desenhos produzidos pelas
crianças, e são elas as próprias cinegrafistas, figurinistas, narradoras, protagonistas,
cenógrafas e diretoras.
Este é um curta narrado, que nos traz a história de
três amigos: Marta, Antônio e Joaquim, que estão de férias e vão pra um
acampamento e lá vivem muitas aventuras. Eles trazem para o público uma amizade
verdadeira e especial, principalmente quando à noite no acampamento acordam
com barulhos estranhos e ao saírem das barracas veem o robô Bob que Marta
construiu de sucatas com a ajuda dos
pais todo quebrado. Antônio e Joaquim percebem a tristeza da amiga e, durante o
acampamento, decidem ir em busca de novas sucatas para concertarem Bob e
deixarem a amiga feliz novamente. Os meninos se arriscam nos perigos da mata e
é neste momento que se perdem, mas alguém muito especial ajuda os meninos a
voltarem e entregarem o robô reconstruído pra amiga que agradece os meninos pela
amizade deles.
“Os melhores amigos de um robô” é um curta
interessante pra pensarmos que crianças podem sim ser grandes atores e atrizes,
e que o cinema é sim importante ser trabalhado, principalmente quando se busca
apresentá-lo com o que se tem disponível e de fácil acesso, mostrar que com o
que se tem dá de fazer excelentes e importantes criações, é isso que vemos
neste curta que foi produzido na escola pelas crianças, que com os materiais
disponíveis fizeram uma grande criação, uma história muito bonita que retrata a
importância de uma amizade, pois ao se depararem com a tristeza da amiga, os
amigos sensibilizados fazem de tudo e se arriscam para vê-la feliz novamente.
Este curta serve de inspiração para trabalhar o
cinema com as crianças, afinal é todo produzido por crianças comuns, é uma
produção simples, mas com uma complexidade de elementos que a torna riquíssima,
desde os desenhos até as filmagens.
Escrito por: Ana Carolina Koerich, Constância, Larissa
Machado, Thayene Esquivel
No curta “Limbo: ou que quem sofre bullying” achei interessante a utilização da imagem preta e branca causando um ar mais sombrio e concordo com os colegas que o final nos deixa com uma certa incerteza sobre a mensagem que quer ser passada e deixando uma dúvida, mas aborda um tema extremamente importante e necessário de ser conversado.
ResponderExcluirNo curta “Os melhores amigos de um robô” gostei muito de ver que todo o processo passou pelas crianças e como o resultado fica incrível. Ver as crianças como protagonistas é um ótimo jeito de trabalhar as mídias com as crianças, permitindo ainda que elas experimentem ser os atores, os diretores, narradores, etc.
Ambos os curtas me fizeram refletir sobre a importância da presença da mídia-educação nos ambientes educacionais e a participação ativa das crianças, seja nos processos de criação de roteiro, cenografia, direção, figurino, etc., ou de atuação, o que vai ao encontro do que já havíamos discutido nas nossas primeiras aulas: o objetivo da mídia-educação é a “formação de um usuário/produtor/autor crítico e criativo de todas as TIC e mídias”. Gostaria de mais uma vez ressaltar como é significativa essa questão do “se enxergar na tela”, o que gera reflexões sobre identidade e representatividade, questões tão importantes para a formação das crianças na mais tenra idade.
ResponderExcluirExcelente texto, colegas!
Os dois curtas, partem das perspectivas das crianças, o que torna o fazer mais significativo para quem está produzindo. Essa aproximação da linguagem audiovisual, é muito rica, temos contato desde muito cedo, mas como expectadores, e talvez poucas pessoas terão acesso mais amplo a esse universo. O fazer cinema, desde a ideia, do roteiro, da direção, do preparo dos artistas, do cenário, de quem vai filmar, imagino o quão relevante deve ter sido esse processo. E quanto de tempo, e de preparação precisa para realizar, parabéns aos professores por iniciativas assim. O curta Limbo traz uma temática, bem presente na sala de aula, e acredito que a escolha do tema, e da montagem das cenas, foi também uma reflexão, assim como deve ter sido de conversas e de estudo em conjunto com a turma.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEm "Limbo (ou que quem sofre bullying)" também senti um ar sombrio, de solidão. Penso também que os "fantasmas" poderiam ser as pessoas que um dia a insultaram, provocando bullying, e a imagem dessas pessoas a rodeavam e perseguiam, como fantasmas. Achei legal o uso das cores preto e branco, realmente trazendo um ar de suspense.
ResponderExcluirEm "Os melhores amigos de um robô" pude perceber que há uma relação de amizade genuína entre as três crianças, onde vendo um problema com o robô de uma delas, as outras se mobilizam a consertar. Também é importante destacar o protagonismo total das crianças, desde produção, roteiro, figurino à direção... É essencial que as crianças tenham participação nesse processo de criação, pois a aproximam do universo das tecnologias e mídias e também, ao final, podem ver o resultado e se encontrarem aqui ou ali, sabendo que puderam colaborar e que tiveram um importante papel para essa criação.
O curta "Limbo" é um curta muito bem produzido, a roteirização e os efeitos trouxeram ao curta um ar sombrio e coloca o bullying como algo que aterroriza, como uma assombração. Quando era mais nova sofria Bullying na escola por ser uma pessoa com deficiência e quando resolvi realizar minha trajetória dentro da pedagogia esses pensamentos sempre me retornam. Como nós, professores e professoras podemos mudar/melhorar esse cenário de exclusão e propagação de bullying e torná-lo mais acolhedor? Não que isso seja tarefa fácil e que só nós professores podemos dar conta de uma demanda tão grande mas não tem algo que podemos fazer?
ResponderExcluirJá o curta Os melhores amigos de um robô utiliza -se de diversas formas da arte. A atuação, os desenhos que introduzem para a próxima cena, as falas dos personagens, o cenário e a narração. Foi um curta muito divertido assistir, tanto quanto a estética do filme quanto o roteiro me prenderam bastante a atenção, fiquei querendo ver mais produções como essa.
Ambos os curtas são a partir do protagonismo das crianças/adolescentes na produção desses curtas metragens. Com auxílio da leitura do texto "Sobre como as crianças protagonizam um cineclube na escola" de Milene dos Santos Figueiredo e Sandro da Silva Cordeiro me fez refletir sobre a potência comunicativa do cinema e como precisamos garantir esses espaços dentro do ambiente escolar. Desde o meu início trabalhando na educação, faz anos que presencio práticas de algumas instituições de ensino que dizem que o cinema é apenas assistir um "filminho" antes dos pais das crianças chegarem para buscar.
Maryana aqui.
ExcluirTanto um quanto o outro curta, trazem a perspectiva da criança a respeito de sua vivência, sentimentos e construções, o que torna ambos muito especiais quando pensamos nas práticas pedagógicas e no lugar de fala da criança.
ResponderExcluirNo curta "LIMBO", traz um ar mais sombrio e triste, com uma ótima produção e uma temática muito importante e atual. Achei muito legal a abordagem desse tema sendo através da perspectiva da criança.
Já no curta "Os Melhores Amigos de um Robô" gostei muito de todo processo de construção da criança , do narrador ser uma criança, como também todas as outras partes serem produzidos por eles. Essa autonomia e produção cheia de vida tornaram o curta ainda melhor.
Os dois curtas me fizeram refletir sobre a importância da participação e da criação ativa das crianças dentro das escolas, deve-se reconhecer e explorar o potencial e as possibilidades das crianças. Os curtas trouxeram elementos imagéticos, sonorosos, de luzes e sombras que iam acompanhando e complementando o enredo ali abordado. Ambos trouxeram elementos muito ricos para serem refletidos em sala de aula, como o bullying, a solidão, a amizade, a reciclagem, a resolução de problemas, conhecimento do espaço/local e ferramenta para nos localizarmos nele e ainda, a importância e relevância das mídias digitais dentro e fora das escolas.
ResponderExcluirOs dois curtas trazem as crianças como protagonistas e autoras destes projetos, incentivando-as em variados sentidos e questões, processos estes instigados pela ação da mídia na educação. É muito interessante perceber as determinadas características e o jeito único das crianças criarem e interpretarem, espalhando imaginação, cada um com a sua própria proposta e intenções ao "público". Gostei muito da escolha e do trabalho realizado pelas colegas!
ResponderExcluirEsses curtas falam de uma forma geral sobre amizade, com contextos diferentes, mas ambos transmitem uma mensagem sobre amizade e sentimentos. Limbo trabalho sobre o Bulling e ele interligado ao sofrimento, seja ele físico ou emocional. Já o Os melhores amigos do Robô trabalha de uma forma muito bonita o quanto uma amizade é importante e pode te ajudar. Os dois curtas são muito interessantes e nos trazem olhares muito diferentes sobre o mesmo tema.
ResponderExcluirEnquanto um curta trata da amizade de uma forma positiva, o outro aborda o tema de uma forma completamente negativa, o bullying. As crianças são protagonistas, em ambos os projetos. O curta "Limbo" é muito interessante abordarmos com as crianças, para que elas entendam o que é o Bullying.
ResponderExcluir