Tarja Branca - A Revolução que Faltava
Ficha Técnica
Ano de produção: 2014
Gênero: documentário
Línguas disponíveis: português
Roteiro: Marcelo Nigri
Direção: Cacau Rhoden
Argumento: Cacau Rhoden, Estela Renner e Marcos Nisti
Produção executiva: Juliana Borges
Direção de fotografia: Janice d’Avila
Assist. de direção: Thais Cocca, Fádhia Salomão, Helena Guerra
Montagem: André Finotti
Coord. de pós produção: Geisa França
Produção: Cacau Rhoden, Estela Renner e Marcos Nisti
Trilha Sonora: André Caccia Bava, pela Animal Estúdios
Países de filmagem: Brasil
Duração: 80 min
Classificação: Livre
O documentário “Tarja Branca” retrata a importância da brincadeira em todas as idades, em que a brincadeira se torna uma das diversas formas de se expressar, sendo essencial ao homem e ao seu crescimento e desenvolvimento, se construindo como ser. Ela surge a partir de variadas maneiras em diferentes etapas da vida, por isso pode-se afirmar que brincar é viver.
A brincadeira motiva não somente as crianças, como também os adultos. Ela carrega consigo a liberdade, a criatividade e a alegria. É por meio dessa linguagem espontânea que se permite abrir visões de mundo, trazendo espaços que nos inspiram a ser aquilo que queremos ser.
Outro ponto relevante presente no documentário é em relação a brincadeira e a criatividade, em que elas são indissociáveis. Estas são fundamentais para o desenvolvimento da criança e consequentemente do adulto, uma vez que temos crianças que brincam e que se deixam levar pela imaginação, tendo assim um “alto grau” de criatividade, teremos adultos muito criativos e com boas ideias para o melhoramento do nosso país, e porventura, do planeta.
Nesse viés, o lúdico e a brincadeira devem se fazer presentes na vida adulta. Muitas vezes achamos que não podemos ter certas atitudes, as quais denominam-se “ser muito de ‘criança’”. Mas não seria isso o mais legal? Quando somos crianças não nos importamos com as opiniões alheias, simplesmente fazemos. Claro que na vida adulta não podemos levar tudo nessa perspectiva de vida, mas sim deveríamos colocar o lado lúdico das coisas nas nossas vivências diárias, ou seja, no lugar certo, uma vez que se tem essa necessidade, a fim de que possamos ter uma vida mais plena e feliz. A expressão usada pela pedagoga Maria Amélia, participante do documentário, que é muita profunda, já aponta toda a preocupação e traz em contexto o objetivo deste, “Brincar é usar o fio inteiro”, isso é lindo! Deveríamos sempre ‘usar’ o fio inteiro!
De acordo com a última sentença, vale ressaltar que nos últimos tempos temos um aumento expressivo de doenças como a depressão e a ansiedade, além de termos adultos frustrados e com medo. Aqui abre-se um ponto para explicar questões que se tornam pertinentes. Primeiramente, é necessário refletir sobre a importância do ócio, do tempo livre. Nos dias atuais temos crianças que não param, elas possuem atividades “extras”, como o ballet, aulas de inglês, natação, além de outras ocupações, ditas como importantes para os pais. Ou seja, elas não possuem tempo para ficarem estagnadas, isto é, um tempo para “não se fazer nada”. Assim, a brincadeira acaba sendo esquecida e deixada de lado, sendo substituída por afazeres, que muitas vezes, não despertam as crianças como um simples brincar estimularia, por exemplo. Vale destacar que a brincadeira em si carrega muito mais do que se imagina, é com ela que se inicia os primeiros processos de formação, tanto da criança, com seus próprios pensamentos, modos de agir e de ser, quanto daquilo que está ao seu redor, instigando a mesma a interagir com o meio social a qual faz parte.
Nesse contexto, evidencia-se que o título deste documentário traz essa questão. O termo “Tarja Branca” está correlacionado com os remédios considerados tarja preta, os quais são destinados ao tratamento de muitas doenças, entre elas a depressão e a ansiedade, citadas anteriormente. O remédio considerado “tarja branca” seria, então, a brincadeira, a ludicidade, tudo que estas portam consigo. Como já citado, o brincar e o lado lúdico se fazem necessários em todas as etapas da vida. Por isso, passa a ser considerado um “remédio” brando, ou seja, que não interfere nocivamente, de forma agressiva, ao organismo. Pelo contrário, elas são essenciais para conseguirmos ter uma vida alegre e feliz. O nosso lado criança, nunca pode morrer, ele precisa se fazer presente em nossa vida diariamente, a fim de nos proporcionar uma segunda infância. Assim sendo fica a sugestão, “Brincar é viver!” Quando a criança brinca, ela acha a solução para os problemas, cria, inova; façamos então como as crianças!
Texto escrito por: Elizete, Eloisa, Ísis Helena, Maria Eduarda e Nicholy.
O documentário "Tarja Branca" coloca a brincadeira como o elemento fundamental da(s) infância(s), é através dela que a criança se desenvolve, conhece o mundo e a si. Nesse documentário se faz presente a crítica aos dias atuais, onde o tempo da criança é todo ocupado por atividades, não permitindo que a criança tenha tempos e espaços de brincadeira, atitude essa que é designado para trabalhar o futuro, que as crianças estejam a frente do seu tempo. Essa falta de tempo também é carregada para a vida adulta, fazendo com que as pessoas não tenham brincadeira, riso e criativiadade e como consequência, as pessoas passam a ter ansiedade e medo. É um ótimo documentário para pensar a infância mas também, para pensar a vida.
ResponderExcluirO documentário “Tarja Branca” é de uma riqueza ímpar! Ele mostrou de uma maneira muito bonita as diferentes brincadeiras que podemos encontrar no nosso país, com depoimentos emocionantes. É extremamente pertinente e necessário debatermos as potencialidades da brincadeira na vida das crianças, ainda mais se estamos falando com professores/as em formação. É muito importante que a brincadeira se faça presente nas instituições educacionais (e fora delas também): ela potencializa o desenvolvimento da linguagem, auxilia nas relações com o outro (valores como afetividade, companheirismo, amizade, cooperação, etc.), além de auxiliar nas formas de pensar, ser e estar no mundo. Enfim, ela é fundamental para a formação das crianças. Dessa forma, um dos nossos papéis enquanto professores/as é o de organizar pedagogicamente o tempo e o espaço das brincadeiras nas escolas dado que elas são fundamentais para a formação das crianças.
ResponderExcluirPorém, também devemos levar em consideração que as brincadeiras carregam outros valores, tais como preconceito, violência, individualismo, etc., afinal eles também estão presentes em nossa sociedade e as crianças, como participantes dessa sociedade, reproduzem esses valores. Aqui cabe mais uma vez o nosso papel como professores/as para mediar essas situações, permitindo reflexões sobre essas questões com as próprias crianças.
Achei esse documentário fantástico! Traz a importância da brincadeira, como uma forma de se relacionar com si mesmo, com o outro e com o mundo. São diferentes infâncias contadas por, hoje, adultos. Alguns tiveram uma infância de muita brincadeira, outros brincavam escondido! Algo que gostei muito foi pensar porque hoje não brincamos como quando criança? Levar a vida de um jeito mais leve... Atualmente a brincadeira infelizmente vai perdendo espaço na vida das crianças, pelas inúmeras atividades em que elas são postas, ou pela rotina cronometrada, onde o tempo é contado. Gostei demais de assistir ao documentário, faz pensar como a falta da brincadeira afeta a vida adulta!
ResponderExcluirEsse documentário é muito bonito, pois ele traz a brincadeira como um "remédio" essencial para vida. E não só para crianças, mas para adultos também. As brincadeiras da cultura popular, são ressaltadas, como uma forma de resistência e de persistência, de uma vida que nem sempre é fácil. Como identidade e alegria, e de exercer sua imaginação, o lúdico, com a arte, com a cultura popular, trazendo uma forma mais leve de levar a vida e de transforma-la.
ResponderExcluirO documentário Tarja Branca é muito bonito! Relembrei minha infância em vários momentos, e o quanto foi importante, para mim, crescer perto da natureza, brincar até tarde na rua, ter tempo de sobra para brincar, inventar e imaginar. Esse documentário traz justamente isso: a necessidade e a importância que se tem de brincar, porque a brincadeira promove o desenvolvimento de muitas habilidades: imaginação, criatividade, coordenação... É nosso dever como sociedade e como instituição escolar, permitir que as crianças brinquem e que inventem, imaginem, criem.
ResponderExcluirAmanda Lima
O documentário Tarja Branca é necessário para a vida. Faz com que haja uma analise sobre a infância e sobre a importância dela ser vivida com muitas brincadeiras, pois essas brincadeiras ajudam na aprendizagem e no desenvolvimento das crianças. É na infância que a criança adquire habilidades físicas, motoras, cognitivas, sociais e emocionais, essas são as mais importantes e são todas apresentadas para a criança dentro da brincadeira. Esse documentário me fez refletir justamente isso e me perceber o quanto a brincadeira é importante na vida de todas as pessoas.
ResponderExcluirO documentário "Tarja Branca" relembra muito a infância, trazendo as brincadeiras. Brincadeiras de rua que por vezes faz parte da vida das crianças. Já o documentário "Criança, a alma do negócio" aborda um tema muito presenta na vida das crianças também, o consumismo. As mídias/ propagandas, usam uma linguagem deixando as crianças deslumbradas, encantadas, fazendo os seus pais comprarem o que deseja. Isto está crescendo cada vez mais.
ResponderExcluirPensando no desenvolvimento infantil, pode-se elencar quatro importantes áreas: físico, linguístico, cognitivo e socioafetivo. Para um desenvolvimento qualitativo é necessário que essas quatro áreas sejam desenvolvidas simultaneamente e qual a melhor forma?
ResponderExcluirSegundo Vygotsky a aprendizagem antecede o desenvolvimento, não há desenvolvimento sem a aprendizagem. A aprendizagem é exercitada pela interação dos sentidos com o meio, a criança experimentando os aspectos da vida humana aprende sobre o mundo o qual pertence, criando sua forma de entender e se expressar, é necessário que ela interaja e reconheça o espaço que está inserida e ela faz isso a partir de um elemento fundamental nos primeiros anos: o brincar.
O documentário trouxe a importância do brincar de uma forma muito explicativa! Ficou mais fácil entender a relação da brincadeira com o desenvolvimento e sua importância. Me fez lembrar das minhas brincadeiras quando criança e fazer associações com minha vida adulta, eu sempre estive em contato com a arte, com o criar, dançar, cantar, brincar no mar, e principalmente ensinar tudo que eu aprendi para meus colegas e essas são características minhas hoje, na vida adulta, e utilizo isso tanto no profissional quanto no pessoal.
A criança brinca de diversas coisas e assim experimenta um mundo que imita a realidade de uma forma que ela possa sustentar, ela toma papel de médica, cozinheira, astronauta, motorista, engenheira, professora, etc, e assim compreende as relações sociais, os aspectos humanos, os objetos que a cercam, o mundo construído e coordenado por seus semelhantes. Pelo brincar ela lida com situações e objetos no qual não poderia ainda sustentar, mas com auxílio dos brinquedos e de sua imaginação ela reinventa a realidade e a compreende. Aprendendo sobre seu mundo ela aprende sobre si mesma.
Ao brincar ela exercita o corpo, aprende sobre os limites dele; toma papel de personagens e sustenta suas falas, vê outras formas de se expressar, não apenas a falada, a linguagem não verbal também entra na brincadeira; aprende sobre algo que acaba se ligando a outro aprendizado e assim fazendo ligações cognitivas; brinca por diversos aspectos e surgem novos sentimentos que precisa entender e lidar; a brincadeira possibilita que a criança desenvolva todas as tuas áreas de forma lúdica e leve. Fazendo assim o brincar uma parte essencial da educação.
Levando a brincadeira de ensinar o que eu aprendia a sério, hoje me dedico a me formar como Professora, além disso, ainda brinco com a arte, gosto de mar, de dançar e cantar, vejo os reflexos da minha infância na minha vida adulta e resgatar isso faz com que o cotidiano seja mais leve para lidar, resgatar o hábito de desenhar, pintar e criar me ajuda a desenvolver minha criatividade em todos os aspectos e me sinto mais preparada para lidar com as adversidades da vida adulta, que é cheia de problemas, altos e baixos, e se faz necessário ser criativa para não cair nas armadilhas que a vida nos traz.
É muito comum ouvir uma criança dizer que quer ser adulta e imediatamente um adulto responde algo como “Aproveita enquanto ainda pode”, mas vale ressaltar que os adultos também podem brincar! Então vamos aproveitar nosso passe livre para continuar nos desenvolvendo.